segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Mexa o corpo e exercite a mente!

Não importa qual tipo de ioga você pratica, mas essa filosofia milenar, que mistura técnicas de respiração e alongamento, leva seus adeptos ao autoconhecimento e a evolução
Quando a psicóloga Flavia brito Diniz de anos procurou aulas de ioga, diz ter escolhido essa prática para se exercitar. Diante do momento tenso que estava vivendo, pensou que talvez conseguisse relaxar com os exercícios, acalmar os ânimos e ser mais perseverante no tratamento do glaucoma congênito.
Mas a ioga deu a Flávia mais do que ela procurava. As aulas personalizadas não só trouxeram o alívio esperado como a ajudaram a se transformar. A mistura de técnicas de respiração e alongamento, criada a mais de 5 mil anos na Índia com o objetivo de preparar o corpo e a mente para atingir estados transcendentais, revelou sentimentos sufocados por Flávia, que teve uma infância limitada pela doença. A partir daí, proporcionou aceitação o problema, fazendo com que ela ficasse mais calma e centrada.
Depois de 16 cirurgias, entre um pranayama, exercício de respiração, e uma asana, nome dado ás posturas de ioga, a pressão ocular foi baixando, conduzindo Flávia a uma expectativa de cura. “A pressão agora está normal e o médico acredita que posso recuperar toda a visão que perdi”, comemora.
Flávia é apenas mais uma integrante da geração que resolveu estender o mat (tapete de ioga) para exploradores como ela, pouco importa a modalidade de ioga: ashtanga (prima pela movimentação quase ininterrupta), hatha (privilegia posturas), haja (enfatiza a meditação) ou laya (dissolução dos estados indesejados). Todas elas exigem mexer com o corpo e exercitar a mente. E propiciam, com esse aprendizado, alguma forma de conforto, autoconhecimento e evolução.
“É como se a gente entrasse  em estado de graça, de perfeita comunhão com o universo’’, antecipa Pedro Souza Ferreira, de 38 anos , que pratica hatha ioga há seis.
Ele explica que no século passado a prática oscilou entre dois extremos- o da alma, na forma de uma religião ou filosofia, e o do corpo, como um exercício físico puro e simples.
Entre as Décadas de 1960 e 1970, o pêndulo oscilou para o lado da alma, mas no fim dos anos 1990 foi a vez de a balança pender para o lado do corpo.
Nos últimos anos , no embalo de estudos científicos que mostraram os efeitos da ioga no cérebro e no organismo, a prática se tornou menos uma filosofia e mais uma atividade física. Encontrou um novo lugar entre os praticantes. A maioria deles, segundo a yougueterapeuta e reiki máster Maria José Marinho, quer o bem estar da mente e o equilíbrio das funções orgânicas. “A ioga é um completo sistema prático para a autocura , atuando por meio do desenvolvimento harmonioso do corpo, da mente  e da alma do individuo.

Fonte: Jornal Estado de Minas

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