quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Tem Corrido demais? Cuidado, pode ser síndrome da pressa.


Estudo revela que 65% dos brasileiros apresentam Tendência a desenvolver este transtorno.  

Intolerância, tensão e impaciência estão entre os principais sintomas da doença.
Você acha que não tem tempo para nada?
Gostaria que o dia tivesse o dobro de horas?
Não suporta ficar horas em uma fila?
Ficar preso no trânsito é um martírio?

Nos dia de hoje é difícil encontrar alguém que não viva com a sensação de que está sempre correndo contra o tempo. O problema é que tamanha correria pode significar um transtorno batizado pelos especialistas como síndrome da pressa.
O mal ainda não reconhecido cientificamente como uma doença, mas seus sintomas
têm sido cada vez mais identificados nas pessoas, em especial naquelas que vivem nos grandes centros. Em alguns casos, a síndrome ultrapassa as questões comportamentais e as pessoas passam a desenvolver problemas mais graves.
“A síndrome altera a qualidade de vida das pessoas e as leva a viverem em constante urgência. É como se elas tivessem q fazer muita coisa em pouquíssimo tempo’’, explica a psicóloga da PUC campinas Marilda Lipp, responsável por uma pesquisa que acompanhou o comportamento de 2.000 pessoas em grandes centros. O levantamento mostrou que 65% delas apresentam tendência à síndrome da pressa. Entre os executivos, os mais acometidos, o índice chega a 95%. Em 10% dos casos, os “apressados” transformam o comportamento em doenças.
Marilda Lipp diz que a síndrome é percebida na maneira como a pessoa organiza o seu dia. As bolsas estão sempre pesadas, cheias de muitos papéis e agendas, onde tudo é anotado. Um outro sintoma é típico de quem tem o problema é a culpa em não fazer absolutamente nada. Talvez para essas pessoas seja “mais fácil” acumular diversas atividades do que simplesmente curtir os momentos de ociosidade. “Não agüento ficar parado e, se tiver alguém lento na minha frente, fico irritado”, diz o metalúrgico Marcos Antônio silva, 50 anos, um apressado assumido.
Tensão, impaciência, ansiedade, sono agitado, intolerância com atrasos e até problemas de memorização são outros indicativos do problema.
A arquiteta Ana Cecília Moreno, 26 anos, é sócia de um escritório, faz mestrado e, até o mês passado, dava aulas. Ela diz como sofreu em acumular mais atividades do que o corpo agüentava. “Tive que abandonar as aulas porque não estava dormindo”. Na primeira semana ela já sentiu a mudança. “Achava muito estranho chegar em casa cedo, mas percebi que estava na verdade, começando a ter uma vida normal”.
Fonte: Jornal O Tempo



Apressadinhos podem desenvolver fobias e pânico

As pessoas apressadas vivem em constante estado de alerta, irritadas e impacientes.
Segundo os especialistas, esse comportamento aumenta o nível de adrenalina no organismo e pode causar uma situação de estresse crônico ou até mesmo transtornos a fobia e pânico. Além disso, a dificuldade de relaxar e a constante correria aceleram o envelhecimento do corpo.
“cerca de 40% dos casos que eu atendo no consultório são de transtornos de ansiedade.
O pior é que a maioria das pessoas só procura ajuda quando as doenças e os problemas aparecem”, explica o psiquiatra Fernando Volpe.
Segundo dados da organização mundial de saúde (OMS), nove em cada dez pessoas sofrem com as mais variadas formas de estresse. Esse grupo é mais propenso a sofrer infartos, úlceras e gastrites.
A saúde do fotógrafo Alessandro Bastos, 33, já deu sinal de alerta. Sem tempo para descansar nem nos fins de semana , quando fotografa casamentos, Bastos sofre com a preocupação de uma rotina puxada. “É tanto trabalho que só me lembro de almoçar depois da 16h e sempre tenho problema de estômago. Eu queria parar o relógio para conseguir fazer tudo”.
Outra consequência é o distanciamento dos amigos.
“Eles já desistiram de me chamar para sair porque eu estou sempre ocupado.
Não consigo sequer ir ao cinema”, desabafa Bastos.(JS)
Fonte: Jornal O Tempo

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